"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos".

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos".

Antoine Saint de Exupery

    Olhar, olhares, mil tipos de olhares; olhares profundos, marcantes, firmes, superficiais,... Olhares! Nós o temos constantemente e direcionado a inúmeras pessoas e de maneiras diferentes.

    Eles são os mesmos a todo instante e geralmente não mudam; afinal pra que mudar? Existe necessidade? Somos o que somos e isto basta.

    Cada situação vivida, pede uma postura bem adequada. Eu não me lembro de ouvir nem ler, dos melhores especialistas de estilos, que se vista terno e gravata numa praia; ou usar biquini numa reunião formal, ou então usar shorts para ir a uma casamento. Cada ocasião pede um cuidado especial.

    As pessoas não são iguais e cada uma delas tem uma vida que lhe é própria. Eu não posso traçar um perfil de açguém baseado em outra pessoa, por mais que ela venha a ter traços parecidos com os da outra mas não são iguais.

    Cada pessoa tem coisas que lhe são proprias de maneira externada e visível e outras que são "implicitamente escondidas".

    Ter um olhar apurado para cada pessoa e um cuidado mais clínico é o que dá a oportunidade de conhecer este universo escondido. Olhando superficilamente se vê o que todo mundo vê, e isso não faz a menor diferença, porque se tornou invisível aos olhos porque a poucos é dado o conhecimento total do que é próprio de cada pessoa; e a esses poucos temos a mania de chamar de AMIGO, IRMÃO, MAIS CHEGADO ou coisa parecido.

    O mundo é carente de pessoas que olhem além da entrelinhas, além do normal, a lém do óbvio, além de nós mesmos, além dos erros, além das escolhas, além das promessas, das dúvidas e das certezas. Além de ser que lhe é alheio.

    Tentemos olhar o mundo com o olhar de uma criança, não pra ver tudo belo e bonito, mas pra que olhemos acreditando que em cada um tem um fio de bondado que permeia toda a sua vida.